O Congresso está criando nada menos do que o 72º imposto sobre o povo brasileiro, ora designado como CSS - Contribuição Social para a Saúde - , a antiga CPMF, para tornar a saúde pública menos horrorosa. À sombra dos escândalos das CPIs, estão aprovando uma nova despesa de R$ 4 bilhões com a criação de mais 8 mil cargos de vereadores, aqueles que são eleitos para aprovar o IPTU, dar nome às ruas e criar homenagem pública.
No Brasil de hoje, uma metade morre de fome e a outra morre de medo. E os representantes do povo vão, às escondidas, criando novas fontes de despesas perpétuas, como a TV Senado, TV Câmara, TV Assembléia, TV Justiça, TVs câmaras municipais. De lambuja, ainda vêm as respectivas "rádios", com diretores, assessores, jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas, radialistas e tutti quanti.
Agora, acusam o Brasil de ter a maior carga tributária do mundo, como se não fossem os políticos que criam, por lei, as despesas. Com os hospitais atendendo nas macas, as rodovias intransitáveis, universidades sem professores, onde se gasta essa dinheirama? Quem criou "direitos" que drenam todos os recursos públicos para pensões especiais, aposentadorias superiores a R$ 20 mil para jornalistas anistiados, com isenção de Imposto de Renda, aposentadorias sem limite de teto e a partir dos 25 anos e escândalos públicos nas licitações? É conhecida a história do filósofo grego Diógenes, que vagava pelas ruas de Atenas, há 2,5 mil anos, portando uma lanterna em plena luz do dia: "Estou procurando por homens verdadeiros."
Está na hora de o povo sair às ruas com lanternas à mão à procura de políticos que mereçam apreço.
NOTA escrita para coluna Cacau Menezes - Diário Catarinense - Florianópolis/SC
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