Procurando explicar por que a mulher ganha 30% menos do que o homem em trabalho igual, o IBGE acrescenta que ela produz 11% menos. Realmente, não é pequeno o número de mulheres que tem duplo expediente: mãe e trabalhadora. Sem esquecer o marido. É do escritório que ela administra o lar, a escola, o lazer da família e as doenças. Não raro ela mesma objeto de doenças típicas, como a TPM.
Por se aposentar cinco anos antes do que o homem, e por ter uma gama de direitos que acabam lhe prejudicando (licença-maternidade, licença-amamentação, não pode ser transferida para o turno da noite, não pode ser transferida de cidade, não pode trabalhar em áreas com potencial insalubre, etc), os patrões se recusam a dar-lhes oportunidades de crescimento com cursos e seminários fora da empresa.
Muitos políticos, ao disputar o voto feminino, criam leis que, fora do serviço público não há empresário que possa bancar. Daí a mulher ganhar menos e ser a primeira a ser demitida nas crises econômicas.
E ainda tem mulher que se presta a um terceiro papel – o de esposa que cuida da aparência, da roupa, do corpo, da mente e da alma....
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