A TAM do inesquecível Comandante Rolim Amaro, aquele que gostava de pilotar quando estivesse a bordo, que recebia os passageiros com um sorriso e que morreu há 6 anos, bem, essa TAM parece que não mais existir.
Lembram da entrevista de seu presidente Marco Antonio Bologna, tentando explicar porque vende mais passagens do que lugares, a inescrupulosa prática de “over-booking”, durante a crise nos aeroportos, reconhecendo que “avião não é elástico, não posso colocar mais passageiros do que sua capacidade”? Pois bem, passados 50 dias, agora se sabe que o aparelho do fatídico vôo 3054 estava a) com sobrecarga de combustível só porque em Curitiba o combustível é mais barato; b) excesso de passageiros, pessoas foram acomodadas na cabine dos pilotos; c) a tripulação voando com o reverso quebrado, já que não havia tempo para deixar o aparelho na manutenção (os manuais permitem tolerar um reverso travado por até 10 dias, mas isso para não interromper uma aeronave em trânsito, jamais como regra absoluta). E ainda d) tentou-se pousar numa pista inconclusa em dia de chuva. Agora o Superior Tribunal de Justiça, em seu site oficial, acusa a TAM por impetrar nada menos que SEIS RECURSOS e procrastinar por MAIS DE VINTE ANOS um processo de indenização.
Isso mesmo, condenada pela morte, em 1983, de Djalma Eiras, devido a acidente causado por ação temerária dos pilotos, a TAM vem se recusando a pagar indenização de 1,2 milhões de reais à família, alegando que, por lei, não precisa pagar mais que 76 mil reais (200 salários mínimos). Isso para não falar do vôo 402, que ainda não indenizou, mas este só faz 6 anos. O jornalista econômico Luiz Nassif considera que essa situação é fruto da filosofia da atual diretoria, a de obter resultados positivos em curto prazo.
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