Leitor quis trocar a jarra quebrada de sua cafeteira elétrica e lhe pediram R$ 39,90 pela peça. No Makro Atacadista encontrou uma cafeteira elétrica completa, inclusive com jarra, coador permanente e colher para medir a quantidade de café. Preço? R$ 29,90. Chinesa!
É claro que fica impossível ao empresário nacional competir se uma parte do produto custa quase o dobro do produto inteiro made in China, onde, dizem, o salário mínimo é de meros US$ 5 mensais.
Ou dá?
Mas há uma contrapartida. Lembra daquele cara que recebe um limão na cara e aproveita para fazer uma limonada? É que nunca foi tão barato renovar o equipamento fabril. O dólar, que há oito anos custava R$ 4, e hoje deveria estar por R$ 8, mas está por apenas R$ 1,70, permite às indústrias importarem maquinário novo, moderno, mais produtivo, a preço de banana. Isto é, se o real se valoriza e torna mais difícil a exportação, com a modernização de nosso parque industrial, também podemos produzir mais barato.
É também o dólar nesse patamar que permitiu muito nativo adquirir carro importado a preço de nacional. Nada menos do que 800 mil automóveis estrangeiros foram emplacados por brasileiros no ano passado.
NOTA escrita para coluna Cacau Menezes - Diário Catarinense - Florianópolis/SC
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