O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais. Neste momento de reflexão, quando 126 milhões de brasileiros, vão escolher representantes para os próximos quatro anos, Cacau bem que gostaria de ter sido o autor dessas oportunas palavras. Mas, olhando o momento atual da política brasileira, acredito que Bertold Brecht (O Analfabeto Político) não vai se aborrecer por fazer nossas suas palavras. Por isso, meu amigo, quando estiveres sozinho na cabina eleitoral, tendo por companhia apenas tua consciência, deixa de lado essa vontade férrea de votar em branco, abandona esse irresistível desejo de anular o voto, despreza o canto da falsa sereia que te induz a escrever um palavrão, supera a ideia maniqueísta de que, na política, todos são iguais. Lembra-te que alguém tem que ser - e vai ser - eleito. Se viver no Brasil é viver no paraíso, cabe a ti escolher entre a felicidade e o padecimento: vota consciente.
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