Alô, você que permite que um miserável mal- entendido se prolongue ano após ano, achando que um dia vai desfazê-lo. Para você, que mantém vivas lamentáveis intrigas, só porque não se resolve a considerar que hoje é o dia em que se deve sacrificar seu orgulho e acabar com elas. Você aí, que cruza com conhecidos na rua, de cara amarrada, sem falar com eles devido a algum tolo ressentimento e sabendo que vai ficar cheio de vergonha e remorso se esses conhecidos amanhecerem mortos amanhã de manhã. Você mesmo, que deixa o coração de seu amigo sofrer pela falta de uma palavra de compreensão e solidariedade. Se você, de repente, pudesse sentir e ver que o “tempo é curto” será que isso quebraria o encanto que o impede de agir?
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