Cansados dos seguidos escândalos que pipocam no Congresso, a opinião pública vem exigindo mudanças radicais como, por exemplo, diminuir de três para dois senadores a representação por Estado; reduzir de oito para quatro anos seus mandatos; e extinguir a figura esdrúxula dos "suplentes". Uma proposta sem qualquer alteração substantiva, o tema vai para votação no plenário. A mudança? Apenas a redução de um suplente por candidato.
Cada senador custa ao povo R$ 33 milhões ao ano, ou R$ 264 milhões por mandato de oito anos. Uma economia de R$ 7,128 bilhões se extinguíssemos uma vaga por Estado, aliás, como nos Estados Unidos, de onde copiamos o modelo. Já a redução do mandato para quatro anos obrigaria o senador a prestar contas a seu eleitorado com maior freqüência.
A sugestão desta coluna, de que o senador afastado seja substituído pelo deputado federal mais votado, foi recusada por 12 a seis pela Comissão de Constituição e Justiça. Quanto à redução do número de senadores e do mandato, então, nem pensar. Afinal, que reforma é essa do Senado onde plus ça change plus cest la même chose?
NOTA escrita para coluna Cacau Menezes - Diário Catarinense - Florianópolis/SC
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