Num país onde 10% da população detêm 90% das riquezas, Lula priorizou os “descamisados”, os desassistidos, os trabalhadores, os investidores e acabou se tornando a soma de vários presidentes e, reconheçamos, o único caminho para a prosperidade nacional. Mas se, de um lado, temos brasileiros que esqueceram os mensaleiros, os trapalhões, as deliciosas gafes internacionais, também há aqueles que criticam qualquer gesto do Presidente, porque ajudou o Haiti no terremoto, Chávez com o apagão, elevou os “royalties” ao Paraguai, engoliu os desaforos de Morales, abrigou Zelaia na embaixada hondurenha.
Pai dos pobres e mãe dos ricos para seus críticos, Lula conseguiu agradar os extremos sociais. Enquanto as “Repúblicas Bolivarianas” brigam com mundo, o Brasil vai atrás do Irã, dos BRICS, da Palestina em busca de novos negócios. Amado e odiado, respeitado e agredido, aplaudido e vaiado, Lula é a única referência do Brasil lá fora. Depois que for pescar em Pindamonhangaba, a quem essas pobres almas perdidas, na falta de um norte, irão demonstrar veneração e preconceito?
NOTA escrita para coluna Cacau Menezes - Diário Catarinense - Florianópolis/SC
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