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Vanio Coelho

VANIO COELHO

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Encontrei alguém para pagar minhas contas

Que tal você encontrar alguém que pague mensalmente as suas contas de IPTU, condomínio, TV a cabo, Telefone, Internet, Luz, Netflix, Jornal Digital, cartões de crédito e ainda sobra para alguns luxos?


É fácil falar, difícil chegar lá para quem não possui margem para poupança.

Mas o fato é que temos que começar logo, pensando em montar um patrimônio para usufruir na aposentadoria. Caso contrário vamos ter que ficar nos pontos de cruzamento vendendo 7 panos de chão por 10 reais.... Ou vendendo jornais nos semáforos.

Outro dia assisti ao nosso amigo Barão (Marcos Baroni) numa live no You Tube. Eis parte de seu depoimento:


“FII é bom, mesmo quando se erra: De tudo que já estudei neste universo de investimentos em Fundos Imobiliários, pude perceber que a resiliência do Fluxo de Caixa Livre (Renda) faz com que o investidor seja capaz de manter seu patrimônio crescente com muita segurança ao longo dos anos. Os Fundos "ruins" passam, nos ferem, mas o tempo se encarrega de ajustar as distorções com compras recorrentes”.


Dois conhecidos no mundo dos FIIs – Prof. Arthur Moraes e Sergio Belleza (quem não os conhece não conhece esse segmento) travaram um entusiástico  debate a respeito se os Fundos Imobiliários são ou não uma oitava maravilha. Evidente que,  um pouco mais um pouco menos, ambos concordaram.


Menos de 100 mil brasileiros são cotistas dos mais de 150 fundos imobiliários. Na Bolsa os investidores são cinco vezes mais. É um produto com mais de 30 anos porém pouco divulgado. Ora porque os gerentes de banco não são direcionados para incentivar esse tipo de investimento no qual o banco nada ganha, ora porque o próprio gerente ignora o produto. Mesmo os especialistas em finanças não raro ouviram falar do produto mas nunca se interessaram em aprofundar-se e muito menos a recomendar.


Como começar, então, a investir em fundos imobiliários?


Há tipos de FIIs para todos os gostos – tijolo (lajes, galpões, casas, shoppings, hospitais), papel (CRI, LCI) e até fundos que compram cotas de outros fundos (FOF). 


Confuso? Existem inúmeros blogs, salas de WhatsApp, programas ao vivo na internet. Como o do Tetzner . Importante é buscar informações e até pagar pela montagem de uma carteira ou adquirir livros a respeito. Mas mesmo com toda literatura sempre haverá necessidade de receber uma explicação especial. Daí a vantagem de integrar-se num grupo de WhatsApp, seguir um blog e assistir às entrevistas no You Tube. 


Eu descobri os FIIs em 2002 na IPO do FAMB11B, o fundo que comprou o edifício sede da Caixa e o alugou por 10 anos, depois renovado anualmente e ora em fase de sai não sai. A renda era generosa – 1,45% a.m. e, mesmo pagando Imposto de Renda na época (hoje é isento) era o melhor investimento que existia. Mas o prédio envelheceu, a CEF achou o aluguel alto, no Rio os aluguéis de lajes corporativas desabram e a cota, que chegou a superar os 5.000 reais, hoje patina nos 2.300,00. Mas a renda continua generosa – 1,14% a.m., agora isento de imposto de renda.


E em 2006 fui de BBPO11B, o primeiro fundo do Banco do Brasil. Sua cota de mil reais também beliscou os 5 mil mas hoje, embora pagando boa renda, não apresenta boas perspectivas pois o BB está devolvendo os imóveis. Provavelmente os administradores vão vender os dois imóveis, amortizar os cotistas e fechar o fundo.


Posteriormente, em 2009, fui de NSLU que tem dado muita alegria à minha família  para quem comprei cotas a 154,00 e que ou lhes deu independência financeira ou menos melhorou a situação de cada um. Além de, nesses 10 anos, a renda e a valorização da cota amortizaram 100% do aplicado


Hoje as informações abundam, a liberação de negociação via home-broker permite a cada um administrar suas compras, vendas e balanceamento de carteira. 


Isso significa que se você montar uma carteira pode ficar tranquilo e viver 7 anos no Tibete, pagando suas contas com um cartão de crédito internacional?


Doce miragem. Manter uma carteira de FIIs, com perpetuidade, usufruindo da renda sem deteriorar o patrimônio exige tantos cuidados como o pecuarista com sua boiada.


Explico: eu tenho um rebanho exclusivamente para ter leite, carne e eventualmente venda para manutenção do gado. Como todo pecuarista sabe, tenho que cuidar das cabeças como eliminar os doentes, os fracos, os velhos e de vez em quando, adquirir um novo reprodutor para evitar a endogamia, que é o cruzamento consanguíneo. Preservo as bezerras para leite e reprodução e faço salsicha dos vitelos.


Pois nos FIIs também tem os que adoecem ou envelhecem e devem ser substituídos. Como a aftosa que ataca  meu rebanho, nos FIIs também temos as vacâncias, as inadimplências, os despejos, as brigas judiciais nos reajustes do aluguel.


Ou seja, vale como nunca o adágio caboclo: o olho do dono é que engorda o boi.


Mas a verdade de tudo isso é que só se forma patrimônio com FIIs se o investidor, além de aportar recursos novos, reinvestir a renda do próprio fundo. O importante é começar, não importa com quanto.

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