top of page
Vanio Coelho

VANIO COELHO

Para acessar os textos do livro "Vento Sul - Velho Vento Vagabundo", escolha uma das opções abaixo!

Artigos & Reportagens: Bem-vindo
Artigos & Reportagens: Blog2
  • Foto do escritorVanio Coelho

A sangue frio

No 1º de agosto de 1998, por volta das 8 da noite, Rodrigo Cristiano dos Santos (vulgo “Vermelho”), acompanhado de sua cunhada Carla Maria Vaz e sua amásia, a menor M.I.V, procuraram Valdir Feroldi (dito “Bugio”) em seu sítio, na cidade de Curitibanos. Como Valdir não estava em casa, os três, munidos de facas e facão e com o confesso fito de se apoderar de uma camionete e outros bens conversíveis em dinheiro, resolveram ir adiante em seu famigerado propósito. Invadiram a casa e roubaram uma série de objetos. Em seu rastro macabro, deixaram quatro cadáveres: Sandra Aparecida dos Santos, a esposa, os filhos Robson de 5 e Ricardo de 2 anos e, ainda, a irmã de Valdir, Daiane, de 12 anos. Todos com o pescoço degolado. Um mês depois os facínoras foram descobertos e condenados 120 anos de cadeia cada um, menos a menor que, encaminhada às instituições próprias, já está gozando de liberdade. “Vermelho” conseguiu evadir-se da penitenciária e se encontra foragido. Seus advogados, contudo, tentaram reduzir as penas, ou mesmo absolver, mediante as mais estapafúrdias chicanas jurídicas (negativa de autoria, assassinato e não latrocínio, crime “simples” e não crime continuado etc). A lição que se tira do caso não é da necessidade de novas leis, mas a aplicação com mais rigor das já existentes. Se, em vez de julgados por latrocínio (120 anos de cadeia cada um) o fossem por um tribunal do júri, a maior pena seria de 30 anos (condenação máxima por “crime de paixão”), mas normalmente reduzida para 19 anos, o que evita um segundo julgamento. E graças à famosa “progressão da pena”, os autores de tão hediondo crime já estariam soltos e prontos para outra/s. Bem, e o caso da menor M.I.V? Se até o Lula está se metendo...

201 visualizações1 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Vento Sul

Eis que surge o vento sul. Ataca por todos os lados, é frio, é grudento, é a prova de casaco, de lareira e de conhaque.

Eternamente Drumond

Alguns versos aqui publicados semana passada foram suficientes para que leitores atentos lembrasse que, vivo, Carlos Drumond de Andrade...

Muito além do rio

Aquelas arcadas eram suntuosas, mas nos pareciam assustadoras no primeiro dia da matrícula;

bottom of page