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Vanio Coelho

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O etanol é nosso, o mundo é nosso

Ledo engano. O etanol não é o que a propaganda governista tenta fazer crer. Se para ir de Floripa até Imbituba num carro pequeno se consome de álcool o equivalente a uma horta plantada de cana, um caminhão consumiria o equivalente a um campo de futebol. Assim, como substituir dois milhões de barris de petróleo que o Brasil queima diariamente (são mais de 300 milhões de litros num só dia)? Devemos encarar tanto o etanol (na forma de álcool combustível) e o biodiesel (na forma de óleo para substituir o diesel) mais como medidas tendentes a reforçar a pequena agricultura do que uma medida para salvar o mundo da poluição. Basta ver que foi só os americanos começarem a usar etanol do milho que os mexicanos ficaram sem farinha para suas tortilhas.


É como se o Lula requisitasse todo feijão carioquinha para produzir combustível: seu governo, certamente, viria abaixo. É bem verdade que esses combustíveis vegetais são menos poluentes que os de origem fósseis, que o planeta está doente e que nenhum país quer ficar refém dos árabes e do Chávez, da Venezuela. Mas alguém acredita que o Japão, a Alemanha e a França vão querer ficar reféns do Brasil e outros países tropicais, produtores de cana de açúcar e cereais oleaginosos? E os Estados Unidos, então, que consomem por dia TRÊS BILHÕES de litros de petróleo? Melhor acreditar que o biodiesel veio para reter no campo o pequeno produtor: pode trocar o cultivo da batata e da e da cebola, que não têm preço e apodrecem fácil, para liquidez do milho, soja e mamona, mesmo porque o programa do governo é tímido: adicionar até 1% no óleo diesel. Agora, querer transformar o Brasil num imenso milharal, expulsando outras culturas, é querer abraçar uma bolha de sabão, ou seja, o vazio.

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