top of page
Vanio Coelho

VANIO COELHO

Para acessar os textos do livro "Vento Sul - Velho Vento Vagabundo", escolha uma das opções abaixo!

Artigos & Reportagens: Bem-vindo
Artigos & Reportagens: Blog2
  • Foto do escritorVanio Coelho

Tratado de Não-Agressão

Quando uma Nação se vê na iminência de uma guerra, procura garantir a neutralidade de outras nações adversárias, a fim de que não intervenham no conflito. Chama-se a isso “Tratado de Não-Agressão”. Desenvolve-se no Brasil, uma política de gradativa democratização, iniciada no governo Geisel onde, a par de algumas cassações de mandatos (às vezes arbitrárias e indefensáveis), se podia ver a mão firme e resoluta de distensão: o término da censura aos jornais e coibição dos abusos físicos aos presos políticos. O presidente Figueiredo, estendeu a mão aos adversários, promulgou uma Lei de Anistia que foi mais longe do que pretendia o antigo MDB, assimilou os exilados, ignorou algumas ofensas pessoais e todo mundo viu que a abertura era pra valer. Veio o “Pacote de Novembro” como uma resposta dura, um soco na mesa, uma reação à derrota das sublegendas para governadores de Estado. Agora PP e PMDB resolvem, em convenção, fundir-se num só partido com a incorporação do primeiro (muito menor, mas moderado), ao segundo (muito mais expressivo, embora com uma ala dominada por radicais). O PDS ameaça retaliar, com arguição na justiça da legalidade da incorporação.


Não carece. A partida não está embolada, a democracia não está ameaçada, a alternância no poder faz parte da rotação da própria terra (apesar da figura retórica de Kissinger, a propósito do domínio do Terceiro Mundo na ONU: “é uma ditadura da maioria”). Frente aos inimigos comuns do povo brasileiro (pela ordem: a fome, o desemprego, a corrupção, a indigência administrativa, a falta de patriotismo, o egoísmo e a acomodação), os Partidos políticos devem firmar um “Pacto de Não-Agressão” e, com as forças ora reequilibradas, partir serenamente, sob o comando do Presidente Figueiredo, para as eleições de aqui a 11 meses. O resto é provocação.


Publicação: Jornal CORREIO DO SUL-Criciúma

3 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Vento Sul

Eis que surge o vento sul. Ataca por todos os lados, é frio, é grudento, é a prova de casaco, de lareira e de conhaque.

Eternamente Drumond

Alguns versos aqui publicados semana passada foram suficientes para que leitores atentos lembrasse que, vivo, Carlos Drumond de Andrade...

Muito além do rio

Aquelas arcadas eram suntuosas, mas nos pareciam assustadoras no primeiro dia da matrícula;

bottom of page