Para defender o cidadão, o florianopolitano mantém uma Câmara de Vereadores que lhe custa mais de 12 milhões de reais por ano. Mas será que a Câmara, realmente, protege o cidadão? Ao receber os carnês do IPTU, um contribuinte percebeu que, a título de “coleta de resíduos”, pagará R$ 261,62 por um apartamento de 287 m2 e R$ 393,15 por uma salinha de 41 m2. Certo de que havia algo errado, procurou a Prefeitura, enfrentou as filas e, finalmente, recebeu, até educadamente, a seguinte informação: “O Sr. vai ficar mais indignado ainda quando souber que sua salinha paga tanto de coleta de lixo como as Lojas Americanas”.
O contribuinte acredita estar diante do que se chama de “lobby corporativo” praticado por organizações fortes, como o Sindicado de Lojistas e de Hoteis, Restaurantes e Similares, que agem em cima dos vereadores. Afinal, como tratar, com igualdade, uma salinha que produz uma cesta de papel por semana com um restaurante produz dois latões de resíduos sólidos por dia”. Como os Vereadores puderam aprovar lei tão iníqua? Cacau não sabe se, para encerrar esta denúncia, conclui com uma frase de Shakespeare (“Há algo de podre no Reino da Dinamarca”) ou desmoraliza logo, como faria o Barão de Itararé (“Há alguma coisa no ar além de aviões de carreira”). Cético, contudo, fecha com Blaise Pascal: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”...
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