É cada vez maior o número de famílias que estão sendo administradas por mulheres. São mulheres mais preparadas, mais dedicadas, mais comprometidas com a produtividade e o desenvolvimento pessoal. Assim mesmo, contudo, elas aparecem com menores salários. Diz-se que para trabalhos iguais remuneração diferente é preconceito. Mas não é o que pensam as empresas, que alegam: 1) a empregada só pode ser transferida se aceitar; 2) a mulher não pode ser obrigada a trocar para o turno da noite; 3) a mulher tem o direito de sair de férias junto com o marido, sem levar em conta as necessidades de serviço; 4) fica seis meses afastada e o cargo garantido se engravidar; 5) creche obrigatória se tiver mais de 30 empregadas; 6) como a mulher pode requerer aposentadoria proporcional aos 25 anos, a empresa considera desperdício dar treinamento para quem tem 20 anos de carreira; 7) pode faltar três dias por mês apresentando atestado de TPM.
Existem mais projetos ampliando os direitos femininos, que, no fim, vão afastá-las das melhores remunerações e dos mais promissores empregos. Mulheres com a mesma formação, experiência e motivação só serão admitidas se consentirem em salário menor.
NOTA escrita para coluna Cacau Menezes - Diário Catarinense - Florianópolis/SC
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