O ano começa e com ele novas ilusões. Não foi Machado de Assis, que já nos provocava perguntando se mudara o Natal ou mudara eu?, pois meu primeiro sonho de 2006 foi apavorante: ao me olhar no espelho vi que tudo estava ao contrário. O brinco que uso na orelha esquerda estava na direita. Meu relógio e aliança estavam no pulso direito. O sonho lembrava aquelas pessoas com distúrbio da linguagem, aquelas que quando querem dizer sim dizem o contrário e vão por aí distribuindo confusão e risadas. Vítima dessa dislexia, meninos, eu vi um Lula mais velho, mais magro, mais sábio (afinal, o velho Diabo é sábio não porque é Diabo mas por que é velho, não é mesmo?). Humilde, sem perder a soberba, o Presidente admitia saber do mensalão (sabe, nenhum legislativo vota se não ativer pecúnia no meio. Fernando Henrique sabia disso, todo governador sabe disso, até os prefeitos...). Reconhecia frustrada a promessa dos dez milhões de empregos, 3 refeições em cada mesa e ainda exportar seu programa de fome zero para o Mundo.
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