Um dia, Don Alonso Quijana, tido como “Quixote”, acordou pensando que recebera a divina missão de proteger os pobres e desvalidos, deter a prepotência e honrar a lembrança dos cavaleiros andantes. Deixou sua vila na Mancha e foi à luta montado em seu Rocinante. Querendo consertar as coisas tortas e desfazer os agravos do mundo, encontrou no gorducho Sancho Pança, um lavrador, seu fiel escudeiro.
Para completar, chamou de “Dulcineia del Toboso” uma pobre camponesa de nome Aldonça Loureiro. E assim, o Homem de la Mancha foi em busca de seu glorioso destino. Luiz Inácio da Silva, dito “Lula”, saiu de Garanhuns num pau-de-arara, com a sábia missão de dar 3 refeições por dia a cada brasileiro, empregar 10 milhões de pessoas, transferir os impostos para as cidades que consomem e não para aquelas que produzem (que já detêm o emprego) e limitar a aposentadoria em R$ 2.400,00, que hoje chega a R$ 48.000,00. Iniciou seu governo achando que fazendo o possível, quando terminasse estaria fazendo o impossível.
Pensou estar cercado de Cavaleiros Andantes e Nobres Altruístas e vivendo num mundo de elevados propósitos. Don Quixote, forçado a abandonar suas aventuras, descobriu a fatuidade de suas quimeras, deixando ao ingênuo Sancho a paga pouco atraente de uma existência desprovida de heroísmo e de poesia. Lula, como O Cavaleiro da Triste Lembrança, ao enfrentar a greve do funcionalismo, o corporativismo dos juizes, a chantagem dos governadores e o fisiologismo dos políticos, aprendeu, como o Gen. Ernesto Geisel (que governou o Brasil de 1974 a 1979): na presidência se programa o ótimo, espera- se o bom e se aceita o razoável.
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