Será que é a letra do tempo que escreve nosso destino? Quem não se lembra de Marlene Dietrich seduzindo e levando à desgraça o respeitável e maduro professor Unrath em “O Anjo Azul”? Ou, como pergunta Diana Ross: Do you know where you’re going to? Do you like the things that life is showing you? (Você sabe para onde está indo? Você gosta das coisas que a vida está lhe mostrando?). Afinal, a quem Frank Sinatra pede uma segunda chance em Let me try again? Não é ele quem diz: Just forgive me or I’ll die. Please let me tray again. (Ou você me perdoa ou morrerei. Por favor, deixe-me tentar de novo)...
Não foi Edith Piaf, a que mais amou e menos foi amada, que cantava nas madrugadas de Paris : Non! Rien de rien/ Non! Je ne regrette rien. (Não! Nada vezes nada/ Eu não lamento nada) ? Opressor mesmo foi Charles Aznavour, esse franco-armênio de tantos sucessos mas que nos faz repensar a juventude em sua composição Hier encore: Hier encore j’avais vingt ans/.../Car mes amours sont mortes/ Avant que d’exister/ Mes amis sont partis/ Et ne reviendront pas/ Par ma faute j’ai fait / Le vide autour de moi/ Et j’a gaché ma vie/ Et mes jeunes années/ Du meilleur et du pire/ En jetant le meilleur.(Ontem ainda/ Eu tinha vinte anos/ ... Pois meus amores morreram/ Antes mesmo de existirem/ Por minha culpa eu fiz/ O vazio ao meu redor/ E eu dissipei minha vida/ E meus jovens anos/ Do melhor e do pior/ Descartando o melhor)...
E para aqueles que não tem mais 20 anos há algum tempo, quando o telefone tocar não fique rezando para que não seja para você: como o seu sangue, circule pelos acontecimentos. Afinal, a vida é curta demais para se cultuar o tédio...
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