Nenhum país do mundo ganhou tantas medalhas de ouro como os Estados Unidos: foram 97. Nenhum país do mundo ganhou tantas medalhas de bronze quanto o Brasil: foram 67. Será que esse é um determinismo histórico, uma danação da raça, do credo, da língua da terra e do fuso horário, nossa posição no hemisfério sul, nossa descendência lusitana, nossa língua latina e indolente? Afinal, somos todos farinha do mesmo saco?
Cacau acredita que não. Mais ainda: algo está mudando. Não vamos comparar Airton Senna e Rubinho Barrichello, ambos com máquinas de corrida de fórmula 1, o primeiro ganhando como sempre, o segundo correndo como nunca e parando como sempre. Falo de uma nova raça, aquela do vôlei masculino e do futebol feminino, esportes populares e mesmo elitistas como o remo, a vela, hipismo, tênis, ginástica artistas e tanto outros.
Mas repousa sobretudo em atletas como Jade Barbosa. Lembra-se dela? Chamada às pressas para substituir uma titular, a reserva fez bonito no primeiro dia e, já com a mão no ouro, cometeu um pequeno deslize e caiu para o bronze. Chorou, e partilhamos seu choro, não porque ganhou o 3º lugar, mas porque achou que dava para chegar lá. E no dia seguinte o que fez? Deu ao Brasil mais uma de ouro, no salto sobre o cavalo. É dessa farinha que o Brasil precisa, é dessa farinha que nos orgulhamos. Afinal, ou se é o primeiro ou se é apenas mais um.
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