Numa sociedade em que o governador revela não ter recursos para pagar um piso salarial de R$ 1.187,14 para professores, a Assembleia Legislativa está para aprovar lei em que seus funcionários poderão se tornar marajás do serviço público. Projeto de lei visa a agregar 10% a cada ano, até o limite de 100% em 10 anos. E se após esse período o funcionário de carreira trocar de função ou de gabinete, começa a agregar novamente, podendo chegar a 200% no 20º ano, 300% no 30º ano, etc.
Essa sistemática vai criar situações em que agregando 10% ano o funcionário vai igualar e até superar o salário do deputado. Retardando ao extremo sua aposentadoria, vai competir com Luiz Gonzaga Mendes de Barros. Lembra do “supermarajá” denunciado por Collor na campanha de 1989, com 140% acima dos demais, graças às incorporações seguidas de decênios, quinquênios, triênios, etc? É oportuno registrar que o auxílio-alimentação é superior ao salário, aposentadoria, pensão de mais de 60 milhões de brasileiros, e que médicos e enfermeiros da Casa recebem “insalubridade”, como se estivessem sujeitos a doenças transmissíveis como tuberculose e hanseníase.
NOTA escrita para coluna Cacau Menezes - Diário Catarinense - Florianópolis/SC
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