Virou lugar comum jogar-se uma informação no ar e ela se tornar verdade inquestionável. Ninguém - ou poucos jornalistas - corre atrás para checar sua validade. E sob essa meia-informação os jornais vão vendendo... cada vez menos exemplares.
É lugar comum afirmar-se que no Brasil a carga tributária representa 38% do PIB mas se desconsidera que os demais países não incluem nessa conta a contribuição previdenciária. Se isso fosse considerado aqui nossa carga tributária cairia para 30%. Não diminui o peso mas fica menos insuportável. Ou que pagamos 50 tipos de impostos diferentes, mas se deixa de explicar que NENHUM PRODUTO sobre essa tributação. E bem considerando, é muito grande o numero de mercadorias sem qualquer tributação e nem percebemos. Agora, com o êxito do Computador Popular, volta a se falar no incentivo à pirataria dos programas que neles serão incluídos. É que esses PCs, na faixa de mil reais, vêm com programas livres, como o Linux. Mas vem cá: quem, no Brasil, pode pagar 500 reais por um programa legítimo do Windows, que só pode ser usado uma vez? Ou 400 reais pelo editor de texto? Quantos, entre os 15 milhões de brasileiros conectados na internet podem pagar fortunas para ter um computador pessoal “limpo”? No mercado “paralelo” cópias desses programas são vendidas por dez reais! E nem me venham com o papo de que se todos pagassem, os preços cairiam. Isso não é verdade: o Windows XP vendeu mais de 300 milhões de cópias no mundo e seus preços nunca baixam.
Agora uma verdade: a extinção de uma série de impostos deixou o computador legal mais barato que um “fabricado” no Paraguai. Há 10 anos os primeiros “Pentium” custavam três mil dólares; depois mil dólares e. hoje, 500 dólares. Portanto, como diria Guevara, dureza na antipirataria... mas sem perder a ternura...
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