Eis que parte do PT, em seu último congresso, uma proposta simplesmente deliciosa: eliminar o sistema bicameral no Brasil. Isso significa pura e simplesmente extinguir o Senado Federal, seus 81 senadores, seus milhares de 500 funcionários e duas empresas públicas ociosas: a Rádio Senado e a TV Senado. Resultado da heróica decisão: uma economia anual de DOIS BILHÕES DE REAIS, suficientes para construir 250 pontes iguais à Hercílio Luz a cada ano, ou ainda DEZ MILHÕES de residências populares a cada cinco anos. Realmente pode um País pobre como o Brasil ter mais senadores por Estado do que a riquíssima América do Norte (lá são dois por Estado, contra nossos três)?
É verdade que o processo bicameral, obrigando-se a votar as leis federais em duas casas, na Câmara Federal, onde a representação é proporcional à população de cada Estado, e no Senado, traz algum equilíbrio entre Estados ricos e pobres, populosos e pequenos. Mas seu perpétuo envolvimento em escândalos ofende o eleitor, envergonha a Nação e macula a visão externa, igualando-nos a uma republiqueta de bananas. Afinal, os 3 últimos presidentes do Senado (ACM, Jader Barbalho e Renan Calheiros) foram processados, dois renunciaram e um terceiro vaga entre os vivos como se morto fosse, arrastando-se na vaga dos devaneios, auto-vítima de impiedosas circunstancias, com seu vulto andante e flexível. Não podemos nos perdoar se nada fizermos aqui e agora.
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