Este é um assunto no qual todos têm uma opinião: produtos pirateados, seja como óculos de “grife” ou cópias ilegais de software. Pesquisa do IBOPE mede em 74% o número de entrevistados que já adquiriu produto pirateado ou contrabandeado. O que causa espanto, contudo, por mais indefensável que seja a pirataria, são os números em jogo, aparentemente um novo tipo de pirataria por sua aparente leviandade, seja sobre empregos não criados e impostos não recolhidos. É provocar a inteligência alheia dizer-se que a pirataria rouba dois milhões de empregos formais. Quer dizer que produto pirata já nasce pronto, colhido em árvores ou touceira de bananeira, não há empregados na criação, planejamento, produção, fabricação, distribuição, venda? E os impostos que “deixam de ser arrecadados”, avaliados em 18,6 bilhões de reais por ano? Não é mais sábio que fique no bolso do consumidor, que sabe muito bem como aplicá-los? Afinal, repassado ao governo acaba virando suco ou então obra supérflua e superfaturada ou salários de “mensaleiros”, “sanguessugas”, vampiros, aposentadorias precoces e milionárias.
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