Nossa Ilha pode vir a ser uma das 12 sedes da Copa do Mundo de Futebol em 2014. Não há dúvidas que o Maracanã, com seus 90 mil lugares, no Rio; Morumbi, com 80 mil, em Sampa; Mineirão, com outros 90 mil, em Belô; o Beira-Rio e seus 65 mil lugares, em Porto Alegre; mais 56 mil do Mané Garrincha, em Brasília, serão homologados e estas serão as cidades-chaves. Barradão (45 mil), em Salvador; Mangueirão (45 mil), em Belém; Rei Pelé (45 mil), em Maceió; Castelão (80 mil), em Fortaleza; o Arrudão (60 mil), em Recife; Serra Dourada, (54 mil) em Goiânia; Arena da Baixada (30 mil), em Curitiba; Orlando Scarpelli (30 mil), em Floripa, disputam as sete vagas restantes com o Morenão (Mato Grosso do Sul), Verdão (Cuiabá), Castelão (Fortaleza) e Vivaldão (Natal). Todos os estádios devem ser reformados e pelo menos seis ainda vão sair do papel, como o novo do Figueirense.
Os idiotas da objetividade hão de rosnar, mas por que Floripa? Faltam leitos. Faltam táxis. Falta transporte coletivo. Falta metrô. Mas, afinal, se a Ilha for escolhida, que times aqui jogarão? Ninguém pense em times de grandes torcidas, como Brasil, Argentina, França, Inglaterra, Espanha, Rússia. Quando muito veremos ao vivo Coréia do Sul x Gana, Costa Rica x Irlanda. São seleções com menos de 10 mil pagantes. E para esses, nossa rede hoteleira vai se preparar. Fala-se que obras como o novo Scarpelli e o metrô de superfície consumirão R$ 1 bilhão. Ótimo, estamos mesmo precisando de um metrô. O Rio de Janeiro, com o Pan-Americano, ganhou reformas no Maracanã, Maracanãzinho, Célio de Barros e ainda uma vila olímpica, cujos 1.480 apartamentos foram vendidos aos cariocas na base de R$ 200 mil cada. E como o pessoal da Fifa fala duas línguas, Cacau usa seu francês de dicionário para exclamar: Oui, Fifa, nous pouvons!
NOTA escrita para coluna Cacau Menezes - Diário Catarinense - Florianópolis/SC
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