A escadaria que conduz ao topo da fama é a mesma que ajuda a descer à planície do anonimato. As CPIs desvendaram o mistério dos “empréstimos do PT”: dinheiro proveniente de empresas estatais (o Banco do Brasil entrou com 10 milhões de reais) que pagavam às agências de Marcos Valério serviços não executados e este aplicava nos bancos Rural e BMG que, por sua vez, forjavam falsos contratos, com o dinheiro repassado para quem o PT indicasse. Caixa 2 não é imoral, embora seja ilegal,, pois a sociedade precisa monitorar o voto de cada eleito. Aceitar cartazes de uma gráfica amiga, mil litros de gasolina de um admirador, aquele açougueiro que não cobra pela carne do churrasco comemorativo, o dono do hotel que rasga a conta da hospedagem, ou mesmo transporte para seus eleitores no dia da votação, qual político não lidou com um desses “recursos não contabilizados”? Um foi cassado, 3 renunciaram para não enfrentar o julgamento público, um quinto será absolvido, os demais não sabemos, inclusive o ex - Primeiro Ministro José Dirceu.
Quanto à turma do PT não ficou claro: se eles engordaram suas contas particulares, ou se roubaram apenas para comprar votos e manter um mínimo de governabilidade. Se não roubaram para si (tirando o caso da Land-Rover do Serginho), fica até difícil atirar a primeira pedra. Mas alegar que não sabiam de nada, eu hein? Com dinheiro estrangeiro sendo transportado até na cueca? Afinal, Xuxa não disse que os duendes existem e ainda ganhou dinheiro com dois filmes, comprovando que pobreza intelectual não é privilégio de classe?
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