Mulheres sozinhas interessadas em encontrar um parceiro há tempos deparam com uma dificuldade: a desvantagem numérica. No Brasil, o número de mulheres solteiras, separadas e viúvas supera o de homens nas mesmas condições. Essa diferença é superior a 5 milhões. A partir dos 35 anos de idade, a taxa de solidão feminina aumenta e a dos homens diminui. Na idade adulta, quatro em cada 10 brasileiras estão sozinhas. Na faixa dos 50, a diferença é simplesmente o dobro e a partir dos 60 anos a diferença triplica. Enquanto isso, o celibato masculino vai diminuindo, seja pela mortalidade, seja pelas novas uniões. Estudiosos indicam que os homens preferem não apenas mulheres mais jovens como, também, menos cultas, e as mulheres buscam parceiros mais bem-sucedidos e inteligentes do que elas mesmas, o que vai estreitando as opções.
Vale a pena ser sozinha? Pois não é que as pesquisas indicam que as mulheres que vivem sozinhas são mais felizes? Além de que elas ganham em média 62% mais do que as acompanhadas. Viúvas e as solteiras que nunca viveram com ninguém possuem maiores rendas de pensões e aposentadorias, reflexos de sucessão de direitos adquiridos de maridos e de pais. É por isso que as novas donas do pedaço cunharam a expressão "namorido", uma simbiose de namorado e marido - os prazeres da vida a dois, mas sem os respectivos ônus (comida, roupa lavada, filhos). Mesmo porque pesquisa recente revela que para 60% viver juntos é praticamente estar casado. a com toda essa grana?
NOTA escrita para coluna Cacau Menezes - Diário Catarinense - Florianópolis/SC
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